[Aventura] — Presságio.

— Era notório, não apenas para os habitantes de Atlântida - Uma metrópole oculta nas profundezas do oceano e governada por uma deidade tão antiga quanto a própria humanidade, como também para os habitantes do plano mortal que a quantidade de peixes e outras criaturas marítimas vêm diminuído de forma inexplicável. Muitas vilas pesqueiras foram abandonadas por conta da miséria, e nem mesmo os melhores cientistas foram capazes de descobrir o verdadeiro motivo por detrás desta carência marinha. Para os cavaleiros e outros aspirantes e um, a notícia de que Poseidon oferecera um favor divino para quem fosse capaz de resolver o problema espalhou-se até aos ouvidos de mortais, muito além das fronteiras do fundo do desconhecido e sombrio oceano. E um dos mortais que fora contemplado pelo anúncio do Deus dos Mares fora Iris.

Era manhã, exatamente às nove horas. O sol ainda era calmo, e o tempo não passava dos 21º Celsius, na cidade de Atenas. Estaria próxima a praia, frente ao vasto oceano que se estendia para muito além do que os olhos poderiam enxergar. As marés estavam calmas até demais, e não havia sinal algum de vida marítima. Mas, caso olhasse com mais cuidado em seus arredores, perceberia a presença de dois Marinas de Poseidon que se encontravam a cerca de cinquenta metros daquele local, debaixo de uma grande e antiga formação rochosa que gerava uma penumbra reconfortante. Eles pareciam estar discutindo sobre alguma coisa. Se Iris resolvesse se aproximar, descobriria a razão daquela conversa.

Os Marinas não eram conhecidos pela sua hospitalidade com estrangeiros, então talvez fosse melhor tentar escutá-los enquanto escondida, do que arriscar uma aproximação direta. Talvez aqueles subordinados do Senhor dos Mares houvessem descoberto algo que pudesse ser de importância para a jovem de longos cabelos rosados.

Considerações Importantes:

— Talvez fosse por culpa de seu recém-despertar que a jovem não tenha prestado muita atenção no caminho que escolhera para esgueirar-se por detrás dos marinas. Por mais que fossem soldados rasos - Quase tapados e desprovidos de quaisquer habilidades relevantes - Ainda eram parte do exército marinho de Poseidon. E por conta disso, facilmente puderam descobrir a localização de Iris quando a mesma pisara em uma pequena rocha com menos de cinco centímetros de diâmetro, a rachando, o que causou um "crack" tão baixo que poderia passar despercebido por ouvidos humanos.

Mas eles não eram humanos.

Naquele mesmo instante, ambos os soldados viraram seus rostos na direção em que a moça se encontrava, percebendo a sua presença antes mesmo que ela pudesse se ocultar por detrás das rochas que ali existiam. O primeiro, e maior, apontou o dedo indicador de sua mão direita contra Iris, firmemente afirmando que já sabia de sua localização. E a julgar pela tentativa de furtividade, eles imediatamente se colocaram de guardas altas, prontos para um combate iminente. Talvez houvessem julgado aquilo de forma precipitada; Mas já não mais havia forma de voltar atrás. Deveria lutar por sua vida, a garota.

— "Eu não sou fã de bater em mulheres, mas você parece estar fazendo questão disso, mocinha. Você por acaso tem noção do que está fazendo? Sua cosmoenergia é esplêndida, sabemos bem que não é só uma mera humana vagando de curiosidade." — O primeiro marina disse, enquanto seu parceiro se mantinha ao lado esquerdo do mesmo. — "Malditos sejam todos vocês, cavaleiros de Atena!" — Exclamou.

Inteligência realmente não era o seu forte. Havia julgado Iris como uma serva ávida da deusa da sabedoria - E como um de seus cavaleiros sagrados. Com isso em mente, a jovem logo poderia notar que talvez Poseidon estivesse escolhendo de forma aleatória os componentes da infantaria básica de seu exército. Ainda mais os que nutrem o ódio pelo supremo símbolo do Santuário. Não muito tardou para que este mesmo Marina saltasse no ar, erguendo seu punho direito enquanto deixava seu cosmo queimar, este que se transformava em água - Concentrada ao redor de seu antebraço.

— "Ondas Mortais!" — Bradou, levando o punho a frente.

Então, um disparo de água em formato cilíndrico viajaria em alta velocidade contra Iris, possuindo um diâmetro aproximado de 5m, grande o suficiente para equiparar-se aos grandes pilares que sustentavam o templo de Atena. No entanto, aquela técnica, apesar de ser visualmente impressionante, não parecia carregar uma quantidade considerável de cosmo a ponto de fazer da mesma uma verdadeira ameaça. Porém, o que estava por vir é o que poderia surpreender-lhe: Por trás da mesma, após o lançamento da técnica do primeiro marina, o seu companheiro também seguiria com um ataque próprio.

— "Explosão do Mar!" — Exclamou.

E então, ergueu os braços, gerando uma grande quantidade de água a três metros acima da cabeça de Iris, e a arremessando contra a mulher na tentativa de esmagá-la, bem como afogá-la. Era uma técnica ligeiramente mais poderosa que a anterior, e que exigiria da perseguidora do favor divino um nível de habilidade excepcional para que pudesse evitar ambos os ataques dos servos marinas do Deus dos Mares.

Nota de Falecimento:

— A Primeira técnica - Que tomou a forma de uma colossal coluna d'água chocou-se diretamente contra o peitoral de Iris, o que fez o Marina arregalar os olhos. Como alguém poderia ousar encarar o seu ataque de frente, ainda mais sem ao menos levantar a guarda? Era loucura, talvez. Mas a jovem possuía um corpo aparentemente mais robusto do que se parecia. Mesmo com o físico esguio, as Ondas Mortais se dissiparam ao tocá-la, transformando-se em nada além do que gotas que foram espalhadas para todos os lados, para o choque o soldado raso, que mal sabia como reagir a tal situação. E este também acabou sendo o destino do segundo ataque, que não conseguira nem ao menos arranhá-la. Ao que tudo indicava, a diferença de forças dela para os marinas era como a distância entre o céu e a terra.

E antes que eles pudessem fazer mais alguma coisa ou ao menos esboçarem reação quanto ao absurdo que acabara de acontecer, Everac exclamara, do fundo de seus pulmões, sobre sua devoção a Poseidon e que ambos os soldados deveriam escutá-las, ao invés de prosseguirem com tamanha tolice. De imediato, o que estava por trás da jovem de cabelos rosa retornou para seu posto ao lado do primeiro marina, de corpo escultural, que fitaram-se nos olhos, visivelmente transtornados pela situação.

— "Então você também é uma serva de Poseidon? Eu...Eu não pensei que fosse encontrar outros de nós por aqui. Por favor, nos perdoe, senhorita." — Ele disse, aparentemente reconhecendo seu erro de maneira genuína. — "Eu não a vi utilizando uma armadura, então pensei que fosse algum daqueles trastes do Santuário. Você sabe...Eles são como uma praga por aqui na Grécia, hahaha! Eu creio que você esteja procurando a razão por trás da baixa na vida marítima e do fluxo migratório estranho, não é? As ordens de Poseidon foram claras a todos os soldados, comandantes e generais de seu exército." — Ditou, o soldado.

O Segundo marina colocou dois dedos no queixo, o esfregando como sinal de reflexão, antes de erguer sua voz.

— "Bem, Nós temos alguma noção de que como poderíamos prosseguir, na verdade. Estamos pensando em investigar o Polo Norte, nas grandes geleiras que por lá existem. Há a suspeita de que lá podem haver pistas sobre o que está acontecendo por aqui. Está disposta a vir conosco? Aliás, meu nome é Boggart, e o esquentadinho aí se chama Khali." — Disse, seguido por uma leve risada.

Estava nas mãos de Iris confiar nas palavras daqueles dois marinas, ou recusar a proposta e seguir viagem por conta própria.

Nota de Falecimento:

— Os marinas se surpreenderam ao vê-la negar o pedido, mas talvez fosse de se esperar, uma vez que acabaram de sair de um combate que poderia ter lhes custado a vida. Eles cruzaram os braços e simplesmente deram as costas, ignorando, de início, as perguntas de Everec, que parecia ter se interessado pela possível informação que aquela dupla de soldados poderia carregar quanto ao mistério no Polo Norte. Ela possuía uma boa lábia e o tom de voz correto para construir um ambiente de calmaria, e talvez este tenha sido o fator decisivo para que Boggart erguesse a sua voz, já afastado da posição inicial. Fitou a mulher de cabelos rosados no fundo de seus olhos, e disse-lhe uma única frase:

— "É o lar do diabo." — E então, se retirou.

Ambos saltaram no mar e desapareceram entre as violentas ondas que ali se formaram, possivelmente seguindo caminho para o norte, de alguma forma. Quanto a íris, fora deixada para trás - largada à sua própria sorte. Apenas com a coragem, ela poderia tomar forças para seguir em frente e encarar as geleiras do extremo norte do planeta. Na Grécia, se havia um porto, localizado na cidade de Rodes, que poderia lhe transportar até o ponto mais próximo possível do polo norte. Daquele lugar em diante, ela deveria seguir a pé, pois a civilização humana não mais se encontraria além das fronteiras gélidas dos confins da Europa. Ao chegar em Rodes, o clima mudaria drasticamente.

[...]

O Término da viagem seria seguido pela abertura dos céus. O sol, por mais uma vez, iluminava toda a região. As nuvens estavam claras e o azul da atmosfera era nítido de todas as partes visíveis. A cidade estava em horário comercial, e portanto, não se era incomum ver turistas estrangeiros e outros comerciais locais a moverem seus negócios e trâmites em meio às antigas ruas batidas do que um dia fora parte de um grandioso império. Afastada do Santuário, e seguindo rumo até o posto, Everec poderia perceber algumas perturbações em sua cosmoenergia. Era como se, de forma inconsciente, seu corpo lhe estivesse avisando sobre alguma coisa. Não havia nada de suspeito ao redor, então caberia a ela dar atenção ou não a estas leves perturbações no cosmo interior que reside em seu corpo.

— "Hey, Ye! Hey, Ye!" — O barqueiro exclamava, para todos os presentes. — "Viagens por toda a Europa, por um preço que cabe no bolso! Venham até mim se quiserem conhecer as belíssimas terras distantes que jazem em nosso lindo continente! Hey, Ye! O ingresso está a partir de apenas Dois Mil Euros!" — Ele ditou.

Neste instante, dezenas de clientes desapareceram do porto. Não parecia ser um preço muito agradável para o pessoal, mas certamente o dinheiro não era importante para íris, que tinha algo muito mais importante a se fazer. Caso pegasse o barco, o homem lhe cumprimentaria e rapidamente colocaria a sua lancha de alta tecnologia para funcionar. Demorariam cerca de cinco horas para alcançar o extremo da Europa, então ela poderia logo se preparar para uma longa viagem.

No entanto, já em alto mar, novamente, uma nova pulsação no cosmo.

O que seria?

Nota de Falecimento:

— Não era apenas fruto de sua ansiedade; Muitos menos mera superstição: Havia algo oculto nas águas, algo que ela era incapaz de ver, mas podia sentir muito bem, cada vez mais próximo. Fora em seu penúltimo dia de viagem que as coisas começaram a ficar bastante estranhas no oceano. As águas, antes calmas do rios que conectavam os países próximos, tornavam-se cada vez mais violentas, e a atmosfera parecia ter se tornado um pouco mais pesada do que o normal. Os peixes evitavam andar nas proximidades do barco de viagem, algo que deixou o marinheiro veterano bastante confuso. As horas passavam-se, e o velho simplesmente não se via capaz de conciliar um evento tão incomum.

— "Sentiu isso também, mocinha?" — Ele a questionou, quando algo pareceu ter tocado o barco. — "...Não, acho que foi só impressão." —

Mas a percepção de Iris não lhe poderia enganar: Alguém, ou algo, estava tentando sabotar a viagem. Ela pôde sentir, vagamente, um cosmo desconhecido no momento em que fizera contato com o casco da lancha do velho, que também emitiu um fraquíssimo pulso cósmico de seu corpo. Ele suspirava, mas parecia desconfiado de alguma coisa. A de cabelos rosados não tinha para onde correr: Estava presa em um mausoléu acima das águas, onde sua única opção era tentar manter-se de pé sobre aquela lancha.

O oceano era mais sombrio do que ela poderia imaginar...



O Último dia então viera, e a viagem, durante o período da madrugada, seguira de forma completamente normal. Não houve nenhum tipo de evento sobrenatural ou indicações de que aquele mau pressentimento pudesse retornar. A manhã então ergueu-se acima das nuvens, e ao cair dos primeiros raios dourados do astro-rei, viera a desgraça após a bonança. O clima já estava começando a esfriar, e as distantes geleiras do polo norte poderiam ser avistadas, no horizonte. Terra firme a menos de trezentos metros de distância, em uma pequeníssima vila de residentes locais que ali se encontrava. O marinheiro retirou as mãos do timão da lancha, bem como o seu chapéu de capitão. A intuição de Everec virou o jogo naquele mesmo instante.

Um vento gélido assoprou da boca daquele homem, mas não por conta de sua respiração, e sim porque ele era o responsável por sabotar o próprio barco. O veículo havia se tornado mais lento nos últimos tempos, porque aquele toque fora, na verdade, um projétil de gelo que ele disparou, da cabine do capitão, contra o chão da embarcação. A lancha estava se congelando de dentro para fora, lentamente, até que parasse por completo em alto mar, deixando Everec a sua própria sorte, para morrer envolta em um caixão congelado. Ele virou o rosto para a mulher, que já saberia de seu plano maquiavélico. Teria uma leve vantagem contra o velho, que apenas sorriu em sua direção, aproximando-se do convés.

— "Primeira viagem...Última viagem, docinho." — Ele disse, gargalhando. — "Você vai morrer aqui, e ninguém poderá te salvar, por mais que grite. Suas mãos imundas jamais poderiam alcançar o nosso segredo. É por isso que irá sucumbir junto a estes teus sonhos malditos! Para o inferno, você e seu maldito deus covarde!" — Ele exclamou.

Mas não antes de dar o ponto final.

— "PÓ DE DIAMANTE!" — E concentrou o cosmo, disparando-o como um feixe gélido contra a garota.

Seu objetivo era restringir seus movimentos e deixá-la sucumbir à hipotermia, mas não parecia se importar muito com o resultado final de sua técnica. Ao término da mesma, saltaria no mar, criando um caminho congelado para seguir até terra firme, quebrando todo o gelo deixado para trás, apenas para garantir que Everec não fosse capaz de segui-lo até a vila. Caberia a jovem se livrar daquela terrível situação...

...Ou sucumbir a ela.

Nota de Falecimento:

— Talvez a sua inteligência aguçada lhe tenha salvo desta vez. A astúcia da mulher provou-se mais do que satisfatória quando evitara, de antemão, o ataque gélido lançado pelo marinheiro, que logo tentara escapar de vista. No entanto, a técnica sonora lançada pela mesma lhe perseguira em tamanha velocidade que o traidor nada pudera fazer se não cessar os seus passos de imediato e virar para trás, com olhos arregalados enquanto erguia o seu antebraço na altura da técnica, contraindo os músculos e se colocando em uma postura totalmente defensiva. Quando a mordida viera, o som que reverberou no cosmo do arruaceiro fez-lhe quase se ajoelhar. A serpente passou diretamente pelo seu corpo, como um fantasma, mas a perturbação cósmica era tamanha que ele mal podia acreditar que vinha de uma jovem com um aspecto tão...inocente. Ele ofegou profundamente durante alguns instantes, antes de abrir um largo sorriso e fitar a mulher no fundo dos olhos.

— "Não é nada mal para uma novata, mas saiba que não ocorrerá de novo. Se realmente for tola o suficiente para nos enfrentar, nos veremos novamente nas geleiras...Mas saiba que lá será o seu túmulo!!! Iahhaahhaahahahahah!!!" — Gargalhara.

Então, o homem se afastou ao criar um caminho congelado através da água, desaparecendo rapidamente na distante neblina na fronteira entre o mar e o vilarejo que se encontrava em terra. Não restaria muito a Iris fazer, se não deixar aquele barco e adentrar na vila local. Era difícil imaginar que uma civilização escolheria um ponto tão inóspito como sua terra natal, mas ao menos, para a aspirante a Marina, era um sinal de breve alívio.


Chegando na vila, logo seria recebida por uma grande placa nos portões de maneira corroída que dizia "Bem-Vindo a Shekshibab". No entanto, parecia mais uma vila fantasma. Por mais que ali existissem mais de trinta casas de madeira construídas, não havia sequer uma única moradia com a luz acesa, e as pessoas se escondiam por detrás de suas cortinas, não ousando deixar a segurança de suas portas para receberem a estrangeira. Era óbvio que os moradores estavam atônitos pela presença da devota de Poseidon, pois aqueles que tomaram o Polo Norte possivelmente fizeram algo na região. De qualquer forma, o hotel, o bar e o estabelecimento que regia a pesca estavam abertos. No interior? Ninguém.

Era estranho. Muito estranho.
Através das janelas, nenhum reflexo poderia ser visto, e cosmo algum poderia ser sentido.

Para onde foram os moradores? Tão repentinamente...E com os comércios abertos...Não era natural.
Seria um truque da mente?

Nota de Falecimento:

— A sensação de estranheza e solidão precedia a desgraça iminente. O vilarejo desprovido de qualquer sinal de vida e sua proximidade ao local agora imperado por um grupo de cavaleiros charlatões não deveria ser mera coincidência: Com toda certeza, eles exterminaram a vida naquele lugar. Ao menos, era o que Iris poderia pensar. Antes mesmo que pudesse se dar conta da verdadeira natureza daquele ambiente inóspito, o céu acima de sua cabeça fechou-se com nuvens negras, e a chuva caiu. As gotas gélidas transformavam-se em flocos de neve antes mesmo que pudessem tocar o solo, e cada floco parecia dar origem a uma lápide. O chão, coberto pela neve, agora era também lar dos que já se foram; Das profundezas do inferno, mãos decrépitas atravessavam o solo alvo do vilarejo e se enrolavam ao redor das pernas da mulher, forçando-a para baixo, como se quisessem levá-la junto de si para o limbo.

Everec também perceberia que estes mortos se levantavam de diversas partes do vilarejo simultaneamente, todos virados para sua direção. Eles eram lentos - Todos estavam com aspecto cadavérico, quase completamente decompostos, portando nada além de profundos olhares negros. Eles não proferiam uma palavra, um grunhido sequer. Eram cascas trazidas de volta a vida pelo puro rancor da morte. Eles se aproximariam aos montes, amontoando-se uns sobre os outros enquanto tentavam envolver por completo o corpo de Iris, a fim de não apenas restringir todos os seus movimentos, como também enterrá-la naquele grande túmulo nevado.

— "Hehahahaha...." — Uma risada ecoou, desconhecida. — "O poder da Mão Negra é incomparável. Você jamais poderá se libertar desta técnica, garota. Vá junto deles...Para o inferno! HEHAHAHAHAHAHAH!!!" — Finalizou.

A voz parecia vir de todas as direções. Nem ao menos soava humana, estava completamente distorcida. A natureza maligna e a energia densa que emanava do vilarejo pareciam alterar as percepções e sentidos convencionais do ser humano, então não era fantasioso acreditar que a cosmoenergia sombria do homem que ali se encontrava presente fosse a responsável por erguer este exército macabro.

....Ou será que...

Nota de Falecimento: